quarta-feira, 3 de março de 2010

TEXTO: TECNOLOGIAS ACESSIVAS

TECNOLOGIA ASSISTIVA

Josué Geraldo Botura do Carmo[1]

Novembro/2005

EDUCAÇÃO &

LITERATURA

JOSUÉ GERALDO BOTURA DO CARMO

ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

AFRICANIDADES

EDUCAÇÃO FISCAL

LITERATURA

TEATRO

CONTOS ZEN

ESCOLA MUNICIPAL MARIA DAS GRAÇAS TEIXEIRA BRAGA SALA DE INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO

si@e

COLÉGIO PREMIUM

(INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO)


Assistiva significa alguma coisa "que assiste, ajuda, auxilia".

Tecnologia assistiva, segundo SALES (2005) são todos os recursos que contribuem para proporcionar vida independente aos deficientes: linguagens de sinais, textos falados ou avisos sonoros. São detalhes que auxiliam a vida de muitas pessoas, principalmente a dos portadores de necessidades especiais, quando precisam lidar com computadores.

Para BERSCH & TONOLLI (2005), Tecnologia assistiva é um termo usado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover vida independente e inclusão, seria uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados por pessoas com deficiências. Esses recursos podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado, incluindo brinquedos, roupas, computadores, softwares, hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.

E os serviços seriam todos aqueles prestados profissionalmente à pessoa deficiente visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Esses serviços são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia, Terapia ocupacional, Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Enfermagem, Medicina, Engenharia, Arquitetura, Design, etc.

Tecnologia assistiva refere-se à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência e tem como objetivo proporcionar ao deficiente maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

Segue uma classificação possível de algumas categorias de tecnologia assistiva:

1. Auxílios para a vida diária: Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.

2. CAA (CSA) Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa: Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.

3. Recursos de acessibilidade ao computador: Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.

4. Sistemas de controle de ambiente: Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.

5. Projetos arquitetônicos para acessibilidade: Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.

6. Órteses e próteses: Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.

7. Adequação Postural: Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.

8. Auxílios de mobilidade: Cadeiras de rodas manuais e elétricas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.

9. Auxílios para cegos ou com visão sub-normal: Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.

10. Auxílios para surdos ou com déficit auditivo: Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado — teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.

11. Adaptações em veículos: Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA



BERSCH[2], Rita. TONOLLI[3], José Carlos.


Acessado em 21/11/2005

SALES, Ana Letícia. Acessa.com. 10/05/02.


Acessado em 21/11/2005



[1] Pedagogo com habilitação em Administração Escolar de 1° e 2° grau e Magistério das Matérias Pedagógicas de 2° grau. Professor Facilitador em Informática Aplicada à Educação pelo PROINFO-MEC - NTE-MG2.

[2] Fisioterapeuta - diretora do CEDI - Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil

[3] ATACP 1998 - Assistive Technology Applications Certificate Program / CSUN California State University - Northridge - EUA

HISTÓRICO E ASPECTOS SOCIOECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE MARAPANIM









Etimologicamente o nome Marapanim tem origem na linguagem indígena nheegathu que significa borboletinha d’água ou borboletinha do mar. Esse município limita-se com as águas oceânicas da baía de marapanim e com as terras do município de Curuçá, Maracanã, Magalhães Barata e São Francisco do Pará.
Sua sede – cidade de Marapanim – situa-se à margem esquerda do rio de mesmo nome e a 150 Km aproximadamente da cidade de Belém. Possui uma área de 688 Km² e uma população de 27144 habitantes distribuídos na área urbana e rural cuja densidade demográfica é de 36,33 habitantes por quilometro quadrado. Na sede do município habitam cerca de 17000 habitantes.
A origem desse município está fincada nos fins do século XVII, quando da chegada dos jesuítas que se instalaram na região em uma fazenda denominada Bom Intento, localizada à margem esquerda do rio Marapanim pertencente à Vila Cintra, hoje Maracanã segundo Muniz Apud Furtado (1987). Dessa fazenda originou-se o atual povoado de Arapijó, posteriormente, Marapanim.
Há referências, segundo Furtado (1978), que a vila de Arapijó fora habitada por índios e que a ordem religiosa teria ali se instalado construindo uma igreja. No entanto, afirma também que alguns historiadores não fazem menção à Fazenda Boa Intento “em relação à origem da cidade de Marapanim. Refere-se apenas à aldeia de Maracanã. Nesse período as terras hoje pertencentes a Marapanim faziam parte de Maracanã”.
A Lei nº 610 de 21 de outubro de 1869 oficializa a fundação de uma provável freguesia local onde situa hoje a cidade de Marapanim. O padre José Maria do Vale em apelação a Virgem Santa das Vitórias celebrou a primeira missa naquelas terras em 1862. Essa freguesia foi reconhecida como Vila através da Lei 802 de 04 de março de 1874. Somente em 1895 é que a antiga Vila é elevada à categoria de cidade e nesse mesmo ano o território recebe foros de município.
A partir de 1938, o município passou a ser ligado por estradas à Capital do Estado, estradas que favoreceram o deslocamento da população e de produtos para exportação. Nesse período os transportes chamados de paus-de-arara – caminhões com bancos longos que levavam grande número de pessoas – que levavam passageiros e produtos da roça até a capital. Marapanim já se destacava na exportação de: farinha, peixe salgado, milho, aves, frutas, etc. Do mesmo modo, a troca cultural também ocorria de forma inversa, ou seja, produtos industrializados como: relógios, máquinas de costuras, rádios, dentre outros; que passaram a entrar em Marapanim.
Fazem parte de sua jurisdição as localidades: Marapanim, Vista Alegre do Pará, Matapiquara, Marudá de Cima, Marudá e Monte Alegre do Mau. Há também outras como: Guarajubal, Sauá, Tamaruteua, Câmara, Recreio, Arsênio, Juçateua, Bacuriteua, Itauaçu, Maranhão, Cristolândia, Arapijó, Pedranópolis, Encantado e outros.
Dentre essas regiões há uma subdivisão delas de acordo com a atividade econômica que predomina: pesca e agricultura. Uma chamada de região do salgado e outra de região da água doce. O que faz essa distinção basicamente é a relação que os moradores estabelecem com a região em que vivem. Enquanto na região da água doce as terras são propícias para a lavoura e o cultivo de mandioca, melancia – Marapanim é hoje o maior exportador desse produto no estado - dentre outros. A região do salgado tem no mar, no litoral, a pesca/captura de peixe, mariscos, crustáceos que irão fornecer produtos para subsistência além de ser a atividade econômica que primeiro se desenvolveu nessa região, segundo Muniz Apud Maciel (1983).
Segundo Furtado (1987), o povoamento da Zona do Salgado foi feita de duas formas: de modo espontâneo –ao longo da costa – em decorrência do sistema de navegação que havia entre o Estado do Maranhão e aquela região. Este fato é observado por Conceição (1995) que afirma o carimbó ter vindo desse estado na bagagem de negros africanos e se estabelecido em uma localidade que por tem vindo de São Luis do Maranhão nomeou essa localidade: Maranhãozinho, hoje, Maranhão.
Atualmente há no município um grande investimento governamental em favor do turismo local. Desde o ano 2000 o município entrou na rota das principais regiões onde o turismo deve ser incentivado. Conforme entrevista com o Secretário de turismo do estado, o senhor Adenauer Góes, Marapanim faz parte da rota turística junto com Salinas, Bragança, e outros. Para Adenauer, é uma grande oportunidade de promover a divulgação das culturas dos municípios, em Marapanim, por exemplo, o carimbó.
O turismo aparece como fonte de emprego e renda oportunizando o desenvolvimento do município além de gerar divisa. O SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa - junto ao governo municipal tem entrado nas localidades de maior destaques turístico e promovidos cursos a fim de preparar a comunidade local e propor um “turismo sustentável”.Na área do turismo em Marapanim destaca-se: turismo de lazer, turismo de eventos, turismo de veraneio e o turismo religioso.
Quanto ao turismo Religioso temos o Círio de Nossa Senhora das Vitórias realizado no segundo domingo de agosto com a participação de grande número de devotos e turistas de vários lugares do estado e do país participam também moradores católicos do local e circunvizinhanças. Este evento é de grande importância para Marapanim, visto que faz parte do calendário de eventos oficial do governo do Estado do Pará.
No turismo de lazer e de veraneio tem-se como atrativo principal às praias e muito ainda inexplorado em virtude do difícil acesso e a distância. Os meios de transportes para essas praias são em geral os barcos a motor, alguns não oferecem segurança para os usuários e apesar de ser um atrativo não há estrutura adequada nem interesse pelo governo local em melhorar os serviços para atender tal demanda.
Em se tratando do turismo de eventos tem-se hoje, o Festival do Carimbó realizado no mês de novembro, o CARNARIMBÓ ocorre agregado às festas de carnaval, Festival folclórico já é tradição em Marudá acontece no mês de julho consta no calendário do Estado e o Aniversário da Cidade que é comemorado em julho. Em todas essas comemorações há uma maciça divulgação da cultura local, principalmente do carimbó com a participação da comunidade local e vizinha, além de um grande número de turistas.