terça-feira, 1 de junho de 2010

LIXO: UM PROBLEMA MUNDIAL







A "Terra do Carimbó" que possui uma frente linda está entregue ao lixo. Um depósito de lixo na frente da cidade empobrece um de seus cartões postais.
Sabemos que lixo é um problema mundial. É necessário que tomemos posição diante dessa triste realidade. Sacos plásticos, fogão velho, lixo orgânico retirado das casas são depositados indiscriminadamente o que deveria ser uma orla que enriquecesse a beleza da cidade.

sexta-feira, 5 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

PROJETO "EDUCAÇÃO É CULTURA"





















Este projeto teve por objetivo divulgar as obras do memorialista de grande expressão na cidade de Marapanm-PA.

quarta-feira, 3 de março de 2010

TEXTO: TECNOLOGIAS ACESSIVAS

TECNOLOGIA ASSISTIVA

Josué Geraldo Botura do Carmo[1]

Novembro/2005

EDUCAÇÃO &

LITERATURA

JOSUÉ GERALDO BOTURA DO CARMO

ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

AFRICANIDADES

EDUCAÇÃO FISCAL

LITERATURA

TEATRO

CONTOS ZEN

ESCOLA MUNICIPAL MARIA DAS GRAÇAS TEIXEIRA BRAGA SALA DE INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO

si@e

COLÉGIO PREMIUM

(INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO)


Assistiva significa alguma coisa "que assiste, ajuda, auxilia".

Tecnologia assistiva, segundo SALES (2005) são todos os recursos que contribuem para proporcionar vida independente aos deficientes: linguagens de sinais, textos falados ou avisos sonoros. São detalhes que auxiliam a vida de muitas pessoas, principalmente a dos portadores de necessidades especiais, quando precisam lidar com computadores.

Para BERSCH & TONOLLI (2005), Tecnologia assistiva é um termo usado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover vida independente e inclusão, seria uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados por pessoas com deficiências. Esses recursos podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado, incluindo brinquedos, roupas, computadores, softwares, hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.

E os serviços seriam todos aqueles prestados profissionalmente à pessoa deficiente visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Esses serviços são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia, Terapia ocupacional, Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Enfermagem, Medicina, Engenharia, Arquitetura, Design, etc.

Tecnologia assistiva refere-se à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência e tem como objetivo proporcionar ao deficiente maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

Segue uma classificação possível de algumas categorias de tecnologia assistiva:

1. Auxílios para a vida diária: Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.

2. CAA (CSA) Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa: Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.

3. Recursos de acessibilidade ao computador: Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.

4. Sistemas de controle de ambiente: Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.

5. Projetos arquitetônicos para acessibilidade: Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.

6. Órteses e próteses: Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.

7. Adequação Postural: Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.

8. Auxílios de mobilidade: Cadeiras de rodas manuais e elétricas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.

9. Auxílios para cegos ou com visão sub-normal: Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.

10. Auxílios para surdos ou com déficit auditivo: Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado — teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.

11. Adaptações em veículos: Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA



BERSCH[2], Rita. TONOLLI[3], José Carlos.


Acessado em 21/11/2005

SALES, Ana Letícia. Acessa.com. 10/05/02.


Acessado em 21/11/2005



[1] Pedagogo com habilitação em Administração Escolar de 1° e 2° grau e Magistério das Matérias Pedagógicas de 2° grau. Professor Facilitador em Informática Aplicada à Educação pelo PROINFO-MEC - NTE-MG2.

[2] Fisioterapeuta - diretora do CEDI - Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil

[3] ATACP 1998 - Assistive Technology Applications Certificate Program / CSUN California State University - Northridge - EUA

HISTÓRICO E ASPECTOS SOCIOECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE MARAPANIM









Etimologicamente o nome Marapanim tem origem na linguagem indígena nheegathu que significa borboletinha d’água ou borboletinha do mar. Esse município limita-se com as águas oceânicas da baía de marapanim e com as terras do município de Curuçá, Maracanã, Magalhães Barata e São Francisco do Pará.
Sua sede – cidade de Marapanim – situa-se à margem esquerda do rio de mesmo nome e a 150 Km aproximadamente da cidade de Belém. Possui uma área de 688 Km² e uma população de 27144 habitantes distribuídos na área urbana e rural cuja densidade demográfica é de 36,33 habitantes por quilometro quadrado. Na sede do município habitam cerca de 17000 habitantes.
A origem desse município está fincada nos fins do século XVII, quando da chegada dos jesuítas que se instalaram na região em uma fazenda denominada Bom Intento, localizada à margem esquerda do rio Marapanim pertencente à Vila Cintra, hoje Maracanã segundo Muniz Apud Furtado (1987). Dessa fazenda originou-se o atual povoado de Arapijó, posteriormente, Marapanim.
Há referências, segundo Furtado (1978), que a vila de Arapijó fora habitada por índios e que a ordem religiosa teria ali se instalado construindo uma igreja. No entanto, afirma também que alguns historiadores não fazem menção à Fazenda Boa Intento “em relação à origem da cidade de Marapanim. Refere-se apenas à aldeia de Maracanã. Nesse período as terras hoje pertencentes a Marapanim faziam parte de Maracanã”.
A Lei nº 610 de 21 de outubro de 1869 oficializa a fundação de uma provável freguesia local onde situa hoje a cidade de Marapanim. O padre José Maria do Vale em apelação a Virgem Santa das Vitórias celebrou a primeira missa naquelas terras em 1862. Essa freguesia foi reconhecida como Vila através da Lei 802 de 04 de março de 1874. Somente em 1895 é que a antiga Vila é elevada à categoria de cidade e nesse mesmo ano o território recebe foros de município.
A partir de 1938, o município passou a ser ligado por estradas à Capital do Estado, estradas que favoreceram o deslocamento da população e de produtos para exportação. Nesse período os transportes chamados de paus-de-arara – caminhões com bancos longos que levavam grande número de pessoas – que levavam passageiros e produtos da roça até a capital. Marapanim já se destacava na exportação de: farinha, peixe salgado, milho, aves, frutas, etc. Do mesmo modo, a troca cultural também ocorria de forma inversa, ou seja, produtos industrializados como: relógios, máquinas de costuras, rádios, dentre outros; que passaram a entrar em Marapanim.
Fazem parte de sua jurisdição as localidades: Marapanim, Vista Alegre do Pará, Matapiquara, Marudá de Cima, Marudá e Monte Alegre do Mau. Há também outras como: Guarajubal, Sauá, Tamaruteua, Câmara, Recreio, Arsênio, Juçateua, Bacuriteua, Itauaçu, Maranhão, Cristolândia, Arapijó, Pedranópolis, Encantado e outros.
Dentre essas regiões há uma subdivisão delas de acordo com a atividade econômica que predomina: pesca e agricultura. Uma chamada de região do salgado e outra de região da água doce. O que faz essa distinção basicamente é a relação que os moradores estabelecem com a região em que vivem. Enquanto na região da água doce as terras são propícias para a lavoura e o cultivo de mandioca, melancia – Marapanim é hoje o maior exportador desse produto no estado - dentre outros. A região do salgado tem no mar, no litoral, a pesca/captura de peixe, mariscos, crustáceos que irão fornecer produtos para subsistência além de ser a atividade econômica que primeiro se desenvolveu nessa região, segundo Muniz Apud Maciel (1983).
Segundo Furtado (1987), o povoamento da Zona do Salgado foi feita de duas formas: de modo espontâneo –ao longo da costa – em decorrência do sistema de navegação que havia entre o Estado do Maranhão e aquela região. Este fato é observado por Conceição (1995) que afirma o carimbó ter vindo desse estado na bagagem de negros africanos e se estabelecido em uma localidade que por tem vindo de São Luis do Maranhão nomeou essa localidade: Maranhãozinho, hoje, Maranhão.
Atualmente há no município um grande investimento governamental em favor do turismo local. Desde o ano 2000 o município entrou na rota das principais regiões onde o turismo deve ser incentivado. Conforme entrevista com o Secretário de turismo do estado, o senhor Adenauer Góes, Marapanim faz parte da rota turística junto com Salinas, Bragança, e outros. Para Adenauer, é uma grande oportunidade de promover a divulgação das culturas dos municípios, em Marapanim, por exemplo, o carimbó.
O turismo aparece como fonte de emprego e renda oportunizando o desenvolvimento do município além de gerar divisa. O SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa - junto ao governo municipal tem entrado nas localidades de maior destaques turístico e promovidos cursos a fim de preparar a comunidade local e propor um “turismo sustentável”.Na área do turismo em Marapanim destaca-se: turismo de lazer, turismo de eventos, turismo de veraneio e o turismo religioso.
Quanto ao turismo Religioso temos o Círio de Nossa Senhora das Vitórias realizado no segundo domingo de agosto com a participação de grande número de devotos e turistas de vários lugares do estado e do país participam também moradores católicos do local e circunvizinhanças. Este evento é de grande importância para Marapanim, visto que faz parte do calendário de eventos oficial do governo do Estado do Pará.
No turismo de lazer e de veraneio tem-se como atrativo principal às praias e muito ainda inexplorado em virtude do difícil acesso e a distância. Os meios de transportes para essas praias são em geral os barcos a motor, alguns não oferecem segurança para os usuários e apesar de ser um atrativo não há estrutura adequada nem interesse pelo governo local em melhorar os serviços para atender tal demanda.
Em se tratando do turismo de eventos tem-se hoje, o Festival do Carimbó realizado no mês de novembro, o CARNARIMBÓ ocorre agregado às festas de carnaval, Festival folclórico já é tradição em Marudá acontece no mês de julho consta no calendário do Estado e o Aniversário da Cidade que é comemorado em julho. Em todas essas comemorações há uma maciça divulgação da cultura local, principalmente do carimbó com a participação da comunidade local e vizinha, além de um grande número de turistas.

terça-feira, 2 de março de 2010

A linguagem do carimbó: um pensamento simples do homem ou um pensamento do homem simples?









A cultura do carimbó enquanto poesia revela fatos, conta “causos” de pescadores e agricultores da região. Salles Apud Maciel(1983) afirma que a poesia do carimbó nasceu dos sentimentos de nostalgia, anseios de liberdade da necessidade de expurgar sentimentos reprimidos, então, o caboclo passa a compor e falar tudo em forma de canção.
A poesia do carimbó tem como característica retratar o dia-a-dia do “homem interiorano, esquecido, injustiçado, desconhecido e desamparado” (MACIEL 1983 P.) que busca um lugar na história a qual contribuiu.
Dentre as características da poesia do carimbó Maciel (1983) aponta em primeiro lugar ao poder de síntese nas composições de carimbó. Que com uma linguagem ingênua e objetiva tem o poder de retratar em apenas alguns versos (dois) a totalidade de seu pensamento conforme se percebe neste trecho de autoria de Mestre Lucindo.
Rufa meu pandeiro
Ripinica o curimbó
Este velho é injuado
Só qué qui dance di palitó
É di palitó, É di palito
Esse velho é injuado
Só qué que dance di palitó


Conforme observamos na poesia acima, o autor tem algo a reclamar, a dizer; e para isso, utiliza palavras simples do linguajar caboclo e denuncia o fato do senhor Manoel Inspetor exigir o uso de paletó nas festas que promovia na sua residência.
Outro componente da música de carimbó é a metáfora, o simbolismo tem uma função importante na canção. Para retratar uma realidade busca através das metáforas. Como na letra que mestre Luncindo compôs:

Dei um nó na fita verde
Desmanchei pela encarnada
Quem souber de meu segredo
Cale-se não diga nada.
É também marca da poesia de carimbó a personificação da natureza. Elementos da natureza possuem sentimentos que o autor conhece e compartilha. Através da humanização de seres o poeta fala de conflitos, denuncia os crimes contra a natureza, relata histórias de amor e mostra o dia-a-dia do caboclo. O autor fala da natureza que não é algo externo, mas, ema extensão de seu corpo. Como se observa nesta letra de Mestre Lucindo:


Olha o bico do pavão
Quando pesca o camarão
Ai, ai,
Que dor no coração.

Os sentimentos nas poesias de carimbó é uma constante: amor à mulher amada, à natureza, encontros e desencontros.O diálogo com essa natureza que lhe dá o sustento: o peixe, os mariscos; seu sustento. Vem daí o respeito que os autores das letras matem com ela e com os lugares que vivem: ufanismo.

Eu sou marapaniense
Não posso negar que sou
Em toda parte que chego
Encontro sempre novo amor.

Quanto à estrutura, a poesia do carimbó, distribui-se em dois quartetos ou um quarteto e um terceto. A repetição dos versos é também uma constante, por exemplo, em uma música há frases que chegam a repetir até quatro vezes.

Tem-se também uma questão, não menos importante na poesia de Mestre Lucindo: a desigualdade social. Segundo relatos de mestres do local, a poesia “anel de ouro” foi cantada improvisadamente. Mestre Lucindo enquanto se apresentava em um local requintado da cidade de Belém, quando uma mulher de origem francesa pediu para que o Mestre compusesse uma música que falasse do anel que ela estava usando. Foi então que dentro de sua simplicidade e sabedoria cantou:

A menina bonita
Tem anel do ouro
Parece um tesouro
O dedinho dela

Ah quem me dera
Que eu fosse rico
Se eu tivesse dinheiro
Casaria com ela.

Visto que, o município de Marapanim diante da diversidade brasileira é rico culturalmente. Danças e festas típicas podem ainda ser presenciada, apesar da crescente invasão de ritmos, danças e estilos trazidos de vários locais do Brasil. Essa penetração de ritmos acontece principalmente em períodos de feriados nacionais e locais em que a presença de turistas é maior. Período esse que poderia servir de divulgação da cultura local através de apresentações de grupos de carimbó corroborando também para a troca cultural.